Confira a programação na sua cidade e participe
A grande Virada da Saúde, que começou no Ibirapuera em 27 de fevereiro, com a reunião de 20 mil pessoas, já ecoa e levanta o Brasil. Manifestações contra o projeto de lei do ato médico (PL 7.703/2006) serão realizadas em vários estados no Brasil. Acesse e confira o andamento das manifestações http://www.naoaoatomedico.org.br/index/index.cfm
Ajude a organizar caminhadas cívicas contra o projeto na sua cidade.
O projeto de lei do ato médico, da forma como está redigido, restringe a autonomia dos profissionais da saúde e fere o direito da população de ter livre acesso aos serviços de saúde. Se aprovado, não será permitido consultar um profissional da saúde sem a indicação de um médico. Saiba mais sobre a tramitação do projeto no site www.atomediconao.com.br
sábado, 20 de março de 2010
domingo, 7 de março de 2010
DEFENDA-SE COM PRÓPOLIS
Eis o melhor conselho para quem pretende vencer qualquer batalha contra bactérias, fungos e vírus ou erigir uma fortaleza inexpugnável para esses malfeitores, um bando microscópico capaz de provocar os mais variados tipos de doenças. Fique por dentro das propriedades da resina das abelhas, um manancial de benefícios.
Imagine se sua casa fosse totalmente blindada contra invasores e ainda mantida na temperatura ambiente e umidade ideais para que você se sentisse confortável e ao mesmo tempo livre de qualquer sorte de problema – de saúde, que fique claro. É exatamente assim que funciona a própolis numa colméia, protegendo a morada das abelhas contra qualquer ataque. E como ela é fabricada pelas abelhas? Veja abaixo:
COLMEIA PROTEGIDA (Própolis é uma palavra de origem grega e quer dizer pró (em defesa de) e polis (cidade))
*Coleta: as abelhas do tipo Apis melífera colhem a resina de algumas plantas, brotos, botões, folhas e cascas. Para isso, usam a estrutura de suas patas posteriores.
*Revestimento: a resina é transformada e utilizada como um cimento para recobrir os favos e a colméia internamente. Esse processo também tem a função de manter a umidade e a temperatura interna em torno de 36° C.
*Controle de doenças: a vedação com a própolis impede que a colméia seja atacada por outros insetos ou micro-organismos, incluindo fungos e bactérias que podem matar as larvas e até as abelhas adultas.
O melhor é que a blindagem proporcionada por essa resina também reforça as defesas do nosso corpo.
Estudos originários de diversos institutos de pesquisa têm revelado que a substância age em duas frentes: é capaz de estimular o sistema imunológico ao mesmo tempo que age diretamente contra vírus, bactérias e fungos. “A própolis ativa células envolvidas nas etapas iniciais da nossa resposta imune, favorecendo a atividade delas”, explica o imunologista José Maurício Sforcin, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu, no interior do estado. “Além disso, auxilia a elevar a produção de anticorpos. É por isso que tem sido testada juntamente com vacinas”, conclui Sforcin, que é autor do recém-lançado livro Própolis e Imunidade (Editora Unesp).
Esse potencial quase inesgotável chama a atenção não somente dos cientistas mas também das indústrias farmacêuticas e alimentícias – hoje a própolis já é empregada até em balas e chocolates. Sua composição é prova indiscutível de que ela é um legítimo petardo natural. Na receita entram 55% de resina e bálsamo, 30% de cera, 10% de pólem, sem contar flavonóides, ácidos fenólicos e minerais. “Esse mix faz com que a própolis se destaque pelas suas propriedades antiinflamatórias, cicatrizantes e anestésicas”, revela o cientista de alimentos Severino Matias de Alencar, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em Piracicaba, no interior paulista. Sem contar que ela dá um basta aos radicais livres, moléculas que podem causar um senhor estrago em nossas células. E as boas notícias não param aqui: há suspeitas de que a própolis brecaria até o câncer. “Pesquisadores investigam seu efeito em animais portadores de tumores para verificar até que ponto, ao aumentar a atividade do sistema imunológico, a própolis ajudaria o organismo a destruir eventuais células cancerosas”, diz Sforcin.
Além do poder de fogo contra o câncer, pesquisas indicam que um flavonóide encontrado na própolis auxiliaria no tratamento de incontinência urinária em mulheres. A tal da substância atende pelo nome de galangina e melhora a contração da bexiga. A resina também freia a erupção de espinhas no rosto. “Ela combate as bactérias envolvidas no surgimento da acne”, afirma Gisele Mara Silva Gonçalves, que é professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Pontífice Universidade Católica de Campinas, no interior paulista. Essa peculiaridade, aliás, também lhe dá o aval para debelar odores desagradáveis, rachaduras entre os dedos e coceiras que se instalam nos pés.
E, já que o assunto é higiene, outras de suas substâncias dão cabo da bactéria Streptococus mutans, uma das culpadas pelo surgimento de cáries. Na Universidade Estadual de Campinas, também no interior de São Paulo, e o Centro de Biologia Oral da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, descobriu-se que a própolis encontrada nas colméias brasileiras suprime a placa bacteriana, um dos principais vilões dos consultórios odontológicos. A substância que as abelhas utilizam como revestimento na construção de suas colônias neutraliza em até 95% a ação da GTF, enzima responsável pela cola biológica que estrutura a placa.
Outra linha de pesquisa, conduzida na Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, no interior do estado, avalia os poderes cicatrizantes da própolis. Os resultados são promissores: ela propicia a regeneração das lesões e previne a contaminação da área afetada. Com tantas benesses vindo à tona nos laboratórios, cai muito bem dizer: viva a própolis.
COMO TIRAR PROVEITO
O ideal é utilizar a própolis em curto prazo, e não todo dia, para obter resultados satisfatórios. Além disso, os pesquisadores advertem que a eficácia do produto dependerá muito da origem, do método de obtenção e conservação. “A população deve tomar cuidado, só comprando produtos de boa procedência e registrados pelo Ministério da Agricultura”, afirma o professor Osmar Malaspina, coordenador do Centro de Estudos de Insetos Sociais do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro, no interior do estado. Ele adverte também que crianças e mulheres grávidas devem evitar soluções que levam álcool. Para elas, aliás, já existem extratos não alcoólicos.
AS ESPÉCIES
Conheça abaixo algumas variedades de própolis já identificadas pelos cientistas
VERDE
Também é conhecida como Green própolis, assim em inglês, por apresentar a cor verde-musgo. Para produzi-la, as abelhas colhem a resina do alecrim-do-campo, que é chamado popularmente de vassourinha. No Brasil é encontrada principalmente em Minas Gerais e no norte de São Paulo. Ela tem um aroma agradável, daí ser bem-aceita pelo consumidor. Age sobre tudo contra bactérias e inflamações. Também vem sendo estudada no combate ao câncer e para retardar o processo de envelhecimento.
VERMELHA
Sua coloração é semelhante à do sangue.
Predomina nas regiões de mangue do Nordeste. Foi identificada pela primeira vez no litoral de Alagoas, por pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade Estadual de Campinas. Esse é o primeiro relato da presença em uma própolis brasileira de isoflavonoides, componentes com potencial para barrar bactérias, tumores e radicais livres. A versão vermelha também está associada à prevenção de osteoporose, doenças cardiovasculares, redução do colesterol e alívio dos sintomas da menopausa. Devido à sua ação antimicrobiana, tem sido investigada no campo de odontologia.
SILVESTRE, EUCALIPTO E MARROM
São tipos que ainda estão em estudo. A última espécie é encontrada com maior freqüência no sul do país. De forma geral, as propriedades da própolis vão depender muito da região em que é produzida e da flora local. É por isso que os especialistas procuram analisar os tipos encontrados nas mais variadas localidades para flagrar a existência ou não de determinadas substâncias – e, conseqüentemente, de maior ou menor benefício.
VOCÊ SABIA?
Desde a Antiguidade, a própolis vem sendo usada para fins medicinais. Há relatos dizendo que na Grécia ela teria sido empregada para a cura de feridas e infecções e, no Egito, para conservar múmias...
Fonte: Revista Saúde! É vital; edição de Janeiro de 2010, por Cristiana Felippe
Imagine se sua casa fosse totalmente blindada contra invasores e ainda mantida na temperatura ambiente e umidade ideais para que você se sentisse confortável e ao mesmo tempo livre de qualquer sorte de problema – de saúde, que fique claro. É exatamente assim que funciona a própolis numa colméia, protegendo a morada das abelhas contra qualquer ataque. E como ela é fabricada pelas abelhas? Veja abaixo:
COLMEIA PROTEGIDA (Própolis é uma palavra de origem grega e quer dizer pró (em defesa de) e polis (cidade))
*Coleta: as abelhas do tipo Apis melífera colhem a resina de algumas plantas, brotos, botões, folhas e cascas. Para isso, usam a estrutura de suas patas posteriores.
*Revestimento: a resina é transformada e utilizada como um cimento para recobrir os favos e a colméia internamente. Esse processo também tem a função de manter a umidade e a temperatura interna em torno de 36° C.
*Controle de doenças: a vedação com a própolis impede que a colméia seja atacada por outros insetos ou micro-organismos, incluindo fungos e bactérias que podem matar as larvas e até as abelhas adultas.
O melhor é que a blindagem proporcionada por essa resina também reforça as defesas do nosso corpo.
Estudos originários de diversos institutos de pesquisa têm revelado que a substância age em duas frentes: é capaz de estimular o sistema imunológico ao mesmo tempo que age diretamente contra vírus, bactérias e fungos. “A própolis ativa células envolvidas nas etapas iniciais da nossa resposta imune, favorecendo a atividade delas”, explica o imunologista José Maurício Sforcin, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu, no interior do estado. “Além disso, auxilia a elevar a produção de anticorpos. É por isso que tem sido testada juntamente com vacinas”, conclui Sforcin, que é autor do recém-lançado livro Própolis e Imunidade (Editora Unesp).
Esse potencial quase inesgotável chama a atenção não somente dos cientistas mas também das indústrias farmacêuticas e alimentícias – hoje a própolis já é empregada até em balas e chocolates. Sua composição é prova indiscutível de que ela é um legítimo petardo natural. Na receita entram 55% de resina e bálsamo, 30% de cera, 10% de pólem, sem contar flavonóides, ácidos fenólicos e minerais. “Esse mix faz com que a própolis se destaque pelas suas propriedades antiinflamatórias, cicatrizantes e anestésicas”, revela o cientista de alimentos Severino Matias de Alencar, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em Piracicaba, no interior paulista. Sem contar que ela dá um basta aos radicais livres, moléculas que podem causar um senhor estrago em nossas células. E as boas notícias não param aqui: há suspeitas de que a própolis brecaria até o câncer. “Pesquisadores investigam seu efeito em animais portadores de tumores para verificar até que ponto, ao aumentar a atividade do sistema imunológico, a própolis ajudaria o organismo a destruir eventuais células cancerosas”, diz Sforcin.
Além do poder de fogo contra o câncer, pesquisas indicam que um flavonóide encontrado na própolis auxiliaria no tratamento de incontinência urinária em mulheres. A tal da substância atende pelo nome de galangina e melhora a contração da bexiga. A resina também freia a erupção de espinhas no rosto. “Ela combate as bactérias envolvidas no surgimento da acne”, afirma Gisele Mara Silva Gonçalves, que é professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Pontífice Universidade Católica de Campinas, no interior paulista. Essa peculiaridade, aliás, também lhe dá o aval para debelar odores desagradáveis, rachaduras entre os dedos e coceiras que se instalam nos pés.
E, já que o assunto é higiene, outras de suas substâncias dão cabo da bactéria Streptococus mutans, uma das culpadas pelo surgimento de cáries. Na Universidade Estadual de Campinas, também no interior de São Paulo, e o Centro de Biologia Oral da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, descobriu-se que a própolis encontrada nas colméias brasileiras suprime a placa bacteriana, um dos principais vilões dos consultórios odontológicos. A substância que as abelhas utilizam como revestimento na construção de suas colônias neutraliza em até 95% a ação da GTF, enzima responsável pela cola biológica que estrutura a placa.
Outra linha de pesquisa, conduzida na Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, no interior do estado, avalia os poderes cicatrizantes da própolis. Os resultados são promissores: ela propicia a regeneração das lesões e previne a contaminação da área afetada. Com tantas benesses vindo à tona nos laboratórios, cai muito bem dizer: viva a própolis.
COMO TIRAR PROVEITO
O ideal é utilizar a própolis em curto prazo, e não todo dia, para obter resultados satisfatórios. Além disso, os pesquisadores advertem que a eficácia do produto dependerá muito da origem, do método de obtenção e conservação. “A população deve tomar cuidado, só comprando produtos de boa procedência e registrados pelo Ministério da Agricultura”, afirma o professor Osmar Malaspina, coordenador do Centro de Estudos de Insetos Sociais do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro, no interior do estado. Ele adverte também que crianças e mulheres grávidas devem evitar soluções que levam álcool. Para elas, aliás, já existem extratos não alcoólicos.
AS ESPÉCIES
Conheça abaixo algumas variedades de própolis já identificadas pelos cientistas
VERDE
Também é conhecida como Green própolis, assim em inglês, por apresentar a cor verde-musgo. Para produzi-la, as abelhas colhem a resina do alecrim-do-campo, que é chamado popularmente de vassourinha. No Brasil é encontrada principalmente em Minas Gerais e no norte de São Paulo. Ela tem um aroma agradável, daí ser bem-aceita pelo consumidor. Age sobre tudo contra bactérias e inflamações. Também vem sendo estudada no combate ao câncer e para retardar o processo de envelhecimento.
VERMELHA
Sua coloração é semelhante à do sangue.
Predomina nas regiões de mangue do Nordeste. Foi identificada pela primeira vez no litoral de Alagoas, por pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade Estadual de Campinas. Esse é o primeiro relato da presença em uma própolis brasileira de isoflavonoides, componentes com potencial para barrar bactérias, tumores e radicais livres. A versão vermelha também está associada à prevenção de osteoporose, doenças cardiovasculares, redução do colesterol e alívio dos sintomas da menopausa. Devido à sua ação antimicrobiana, tem sido investigada no campo de odontologia.
SILVESTRE, EUCALIPTO E MARROM
São tipos que ainda estão em estudo. A última espécie é encontrada com maior freqüência no sul do país. De forma geral, as propriedades da própolis vão depender muito da região em que é produzida e da flora local. É por isso que os especialistas procuram analisar os tipos encontrados nas mais variadas localidades para flagrar a existência ou não de determinadas substâncias – e, conseqüentemente, de maior ou menor benefício.
VOCÊ SABIA?
Desde a Antiguidade, a própolis vem sendo usada para fins medicinais. Há relatos dizendo que na Grécia ela teria sido empregada para a cura de feridas e infecções e, no Egito, para conservar múmias...
Fonte: Revista Saúde! É vital; edição de Janeiro de 2010, por Cristiana Felippe
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