domingo, 7 de março de 2010

DEFENDA-SE COM PRÓPOLIS

Eis o melhor conselho para quem pretende vencer qualquer batalha contra bactérias, fungos e vírus ou erigir uma fortaleza inexpugnável para esses malfeitores, um bando microscópico capaz de provocar os mais variados tipos de doenças. Fique por dentro das propriedades da resina das abelhas, um manancial de benefícios.
Imagine se sua casa fosse totalmente blindada contra invasores e ainda mantida na temperatura ambiente e umidade ideais para que você se sentisse confortável e ao mesmo tempo livre de qualquer sorte de problema – de saúde, que fique claro. É exatamente assim que funciona a própolis numa colméia, protegendo a morada das abelhas contra qualquer ataque. E como ela é fabricada pelas abelhas? Veja abaixo:

COLMEIA PROTEGIDA (Própolis é uma palavra de origem grega e quer dizer pró (em defesa de) e polis (cidade))

*Coleta: as abelhas do tipo Apis melífera colhem a resina de algumas plantas, brotos, botões, folhas e cascas. Para isso, usam a estrutura de suas patas posteriores.
*Revestimento: a resina é transformada e utilizada como um cimento para recobrir os favos e a colméia internamente. Esse processo também tem a função de manter a umidade e a temperatura interna em torno de 36° C.
*Controle de doenças: a vedação com a própolis impede que a colméia seja atacada por outros insetos ou micro-organismos, incluindo fungos e bactérias que podem matar as larvas e até as abelhas adultas.
O melhor é que a blindagem proporcionada por essa resina também reforça as defesas do nosso corpo.

Estudos originários de diversos institutos de pesquisa têm revelado que a substância age em duas frentes: é capaz de estimular o sistema imunológico ao mesmo tempo que age diretamente contra vírus, bactérias e fungos. “A própolis ativa células envolvidas nas etapas iniciais da nossa resposta imune, favorecendo a atividade delas”, explica o imunologista José Maurício Sforcin, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu, no interior do estado. “Além disso, auxilia a elevar a produção de anticorpos. É por isso que tem sido testada juntamente com vacinas”, conclui Sforcin, que é autor do recém-lançado livro Própolis e Imunidade (Editora Unesp).

Esse potencial quase inesgotável chama a atenção não somente dos cientistas mas também das indústrias farmacêuticas e alimentícias – hoje a própolis já é empregada até em balas e chocolates. Sua composição é prova indiscutível de que ela é um legítimo petardo natural. Na receita entram 55% de resina e bálsamo, 30% de cera, 10% de pólem, sem contar flavonóides, ácidos fenólicos e minerais. “Esse mix faz com que a própolis se destaque pelas suas propriedades antiinflamatórias, cicatrizantes e anestésicas”, revela o cientista de alimentos Severino Matias de Alencar, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em Piracicaba, no interior paulista. Sem contar que ela dá um basta aos radicais livres, moléculas que podem causar um senhor estrago em nossas células. E as boas notícias não param aqui: há suspeitas de que a própolis brecaria até o câncer. “Pesquisadores investigam seu efeito em animais portadores de tumores para verificar até que ponto, ao aumentar a atividade do sistema imunológico, a própolis ajudaria o organismo a destruir eventuais células cancerosas”, diz Sforcin.

Além do poder de fogo contra o câncer, pesquisas indicam que um flavonóide encontrado na própolis auxiliaria no tratamento de incontinência urinária em mulheres. A tal da substância atende pelo nome de galangina e melhora a contração da bexiga. A resina também freia a erupção de espinhas no rosto. “Ela combate as bactérias envolvidas no surgimento da acne”, afirma Gisele Mara Silva Gonçalves, que é professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Pontífice Universidade Católica de Campinas, no interior paulista. Essa peculiaridade, aliás, também lhe dá o aval para debelar odores desagradáveis, rachaduras entre os dedos e coceiras que se instalam nos pés.

E, já que o assunto é higiene, outras de suas substâncias dão cabo da bactéria Streptococus mutans, uma das culpadas pelo surgimento de cáries. Na Universidade Estadual de Campinas, também no interior de São Paulo, e o Centro de Biologia Oral da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, descobriu-se que a própolis encontrada nas colméias brasileiras suprime a placa bacteriana, um dos principais vilões dos consultórios odontológicos. A substância que as abelhas utilizam como revestimento na construção de suas colônias neutraliza em até 95% a ação da GTF, enzima responsável pela cola biológica que estrutura a placa.
Outra linha de pesquisa, conduzida na Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, no interior do estado, avalia os poderes cicatrizantes da própolis. Os resultados são promissores: ela propicia a regeneração das lesões e previne a contaminação da área afetada. Com tantas benesses vindo à tona nos laboratórios, cai muito bem dizer: viva a própolis.

COMO TIRAR PROVEITO

O ideal é utilizar a própolis em curto prazo, e não todo dia, para obter resultados satisfatórios. Além disso, os pesquisadores advertem que a eficácia do produto dependerá muito da origem, do método de obtenção e conservação. “A população deve tomar cuidado, só comprando produtos de boa procedência e registrados pelo Ministério da Agricultura”, afirma o professor Osmar Malaspina, coordenador do Centro de Estudos de Insetos Sociais do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro, no interior do estado. Ele adverte também que crianças e mulheres grávidas devem evitar soluções que levam álcool. Para elas, aliás, já existem extratos não alcoólicos.

AS ESPÉCIES
Conheça abaixo algumas variedades de própolis já identificadas pelos cientistas

VERDE
Também é conhecida como Green própolis, assim em inglês, por apresentar a cor verde-musgo. Para produzi-la, as abelhas colhem a resina do alecrim-do-campo, que é chamado popularmente de vassourinha. No Brasil é encontrada principalmente em Minas Gerais e no norte de São Paulo. Ela tem um aroma agradável, daí ser bem-aceita pelo consumidor. Age sobre tudo contra bactérias e inflamações. Também vem sendo estudada no combate ao câncer e para retardar o processo de envelhecimento.

VERMELHA
Sua coloração é semelhante à do sangue.
Predomina nas regiões de mangue do Nordeste. Foi identificada pela primeira vez no litoral de Alagoas, por pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade Estadual de Campinas. Esse é o primeiro relato da presença em uma própolis brasileira de isoflavonoides, componentes com potencial para barrar bactérias, tumores e radicais livres. A versão vermelha também está associada à prevenção de osteoporose, doenças cardiovasculares, redução do colesterol e alívio dos sintomas da menopausa. Devido à sua ação antimicrobiana, tem sido investigada no campo de odontologia.

SILVESTRE, EUCALIPTO E MARROM
São tipos que ainda estão em estudo. A última espécie é encontrada com maior freqüência no sul do país. De forma geral, as propriedades da própolis vão depender muito da região em que é produzida e da flora local. É por isso que os especialistas procuram analisar os tipos encontrados nas mais variadas localidades para flagrar a existência ou não de determinadas substâncias – e, conseqüentemente, de maior ou menor benefício.


VOCÊ SABIA?
Desde a Antiguidade, a própolis vem sendo usada para fins medicinais. Há relatos dizendo que na Grécia ela teria sido empregada para a cura de feridas e infecções e, no Egito, para conservar múmias...

Fonte: Revista Saúde! É vital; edição de Janeiro de 2010, por Cristiana Felippe

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ATO MÉDICO NÃO

O RESPEITO É BOM E NECESSÁRIO



O médico Cláudio Balduíno Souto Franzen provocou os profissionais da saúde de forma deselegante e gratuita: “Quem quiser ser médico precisa enfrentar um concorrido vestibular, cursar seis anos de faculdade e outro tanto de especialização. Qualquer cidadão tem o direito de buscar ser médico. O inadmissível é querer atuar como médico sem cursar medicina.”
(leia artigo) visite: www.atomediconao.com.br



Os cidadãos das 14 profissões regulamentadas da saúde abraçaram as suas respectivas formações com amor, carinho e dedicação. Eles têm a missão de servir à vida do outro. Todos prestaram vestibulares (alguns mais concorridos que a medicina) e a maioria cursou uma pós-graduação lato sensu para melhorar a qualidade dos serviços prestados. Os profissionais, médicos ou não médicos, admiram e aplaudem as virtudes que cada um agrega à vida saudável.



Muitos foram além dessa admiração e geraram famílias de profissionais da saúde. Médicos viraram pais de enfermeiros, fisioterapeutas... Fonoaudiólogos casaram-se com psicólogas e geraram médicos talentosos. Pais médicos com filhos, sobrinhos e netos de profissões da saúde. É a verdadeira miscigenação dos profissionais da saúde.



O comentário do Cláudio Balduíno revela uma forma de racismo profissional, que ficaria muito bem para uma pessoa intolerante e despreparada para o convívio multicolorido de uma sociedade pluralista e democrática como a nossa. Os médicos e as médicas que são colegas, amigos, filhos, pais, irmãos, tios, primos, sobrinhos e netos dos profissionais da saúde não merecem que o nome do Conselho Federal de Medicina (CFM) seja usado para insultar e disseminar a discórdia em nossa família.



Lembramos então de algo que nos dignifica e dá sentido às nossas vidas. Era o final de uma paraolimpíada. Um deficiente estava próximo à linha de chegada quando viu o seu concorrente cair. Ele desiste da disputa e vai socorrer o colega. A multidão boquiaberta pergunta: quem era o deficiente ali? É por essa razão que a luta de dirigentes do CFM para subjugar os profissionais da saúde, mesmo que aprovada pelo Congresso Nacional, nunca será vitoriosa. Ao tentar humilhar os profissionais da saúde pelo simples prazer de dominar o outro, esses dirigentes não estarão alegrando e conquistando aqueles que hoje representam. Os médicos são, acima de tudo, seres humanitários e amantes do desenvolvimento humano. Como o competidor paraolímpico, os médicos não aceitam vitórias que ocorrem às custas da queda do outro.



Não queremos ser o que não somos. Gostamos de escrever no peito a profissão que escolhemos para servir e ganhar a vida. Graduados, todos, médicos e não médicos, possuem essa mania de colocar “doutor” antes do nome. Podemos, em respeito ao usuário de nossos serviços, nos chamar apenas de José, Antônio, Maria... médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional. Queremos ser conhecidos pelas virtudes que agregamos à vida, não pelos títulos. Para o paciente interessa apenas que cada profissional aprimore e desenvolva suas habilidades e competências para melhor servir à vida.



Somos uma família de 4 milhões de profissionais vítimas de um sistema de saúde que privilegia a doença em detrimento da vida saudável. Ficamos indignados ao ver 50 milhões de pessoas convivendo com doenças crônicas apesar da jovialidade da população. A revolta é ainda maior quando verificamos que estamos aptos, podemos e queremos trabalhar, mas não temos empregos. Gritamos aos governantes mostrando inúmeros exemplos de países que amariam ter tantos profissionais da saúde prontos para servir. Ficamos desolados com a informação de que uma montanha de dinheiro está sendo gasta com milhões de exames desnecessários, a maioria dos quais nunca são sequer retirados pelos pacientes. Atônitos, assistimos a 80% dos pacientes, que são portadores de doenças crônicas, consumirem toneladas de medicamentos sem efeito.



Certo está que somos todos vítimas (médicos, profissionais da saúde e sociedade) do modelo irresponsável de financiamento e gestão da saúde. No momento em que os profissionais da saúde começam a se organizar politicamente para fazer a grande virada na saúde, os dirigentes do CFM querem nos dividir. Não sabemos os verdadeiros motivos que estão levando esses dirigentes a essa cruzada inglória. Porém, temos duas certezas. Primeiro, os médicos, que vivem do exercício da medicina, sabem com seus valores conquistar a admiração e o respeito do povo brasileiro. Para essa conquista não precisaram de uma lei que lhes garantisse uma reserva de mercado, mas apenas de uma formação sólida. Segundo, precisamos da união de todos os profissionais da saúde, médicos ou não, para implementarmos um novo modelo de gestão da saúde, baseado na promoção da vida saudável. O caminho é forçar que o Estado e as seguradoras contratem e disponibilizem as virtudes dos profissionais da saúde à população.



O CFM é uma das principais instituições desse país e não pode ser instrumentalizado para espalhar o racismo profissional no Brasil. Manifestações acintosas como a de Cláudio Balduíno Souto Franzen deveriam ser retiradas imediatamente do site do CFM.



Gil Lúcio Almeida, ex-engraxate, fisioterapeuta, mestre, PhD e pós-doc. É presidente do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Estado de São Paulo.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

JURAMENTO DO FISIOTERAPEUTA

“Prometo dedicar-me à profissão de Fisioterapeuta utilizando todo conhecimento científico e recursos técnicos por mim adquiridos durante o medir de esforços, assegurando aos pacientes sob meus cuidados o bem-estar físico, psíquico e social.

Juro honrar o nome da Fisioterapia com amor, respeito e dignidade, empregando todos os meios para fazê-la conhecida e valorizada.”

domingo, 17 de janeiro de 2010

FRAZES POSITIVAS

O QUE SABEMOS É UMA GOTA, O QUE IGNORAMOS É UM OCEANO.
(ISAAC NEWTON)

É TRISTE FALHAR NA VIDA; PORÉM, MAIS TRISTE É NÃO TENTAR VENCER.
(ROOSVELT)

O HOMEM ARGUMENTA, A NATUREZA AGE.
(VOLTAIRE)

A VIRTUDE SOBE A LADEIRA, O VÍCIO DESCE...

sábado, 26 de dezembro de 2009

FELIZ 2010

NESTE ANO DE 2010 NOSSA CLÍNICA VAI COMPLETAR 10 ANOS DE TRABALHO COM QUALIDADE E ATENDIMENTO AOS PACIENTES DE NOSSA CIDADE E REGIÃO SEMPRE BUSCANDO INOVAÇÕES E ATUALIZAÇÕES PARA SEUS PROFISSIONAIS, POIS PROFISSIONALISMO E EMPENHO SÃO A NOSSA MARCA.
NÓS DA CLINICA CRM DESEJAMOS A TODOS UM FELIZ ANO NOVO COM MUITA PAZ, AMOR, SAÚDE E DEUS NO CORAÇAO PRINCIPALMENTE, UM ABRAÇO A TODOS.

sábado, 15 de agosto de 2009

Saiba como agir em casos de engasgos em crianças e adultos

Como Socorrer!

Em adultos e crianças o processo de engasgos é o mesmo, porém, o socorro se dá de maneiras diferentes.
Para adultos, o método mais indicado é a Manobra de Heimlich:
  • Posicione-se atrás da pessoa engasgada e abrace-a com as mãos posicionadas na altura do estômago
  • Dê rápidos e vigorosos empurrões contra a posição do estômago da pessoa engasgada para cima e para dentro ao mesmo tempo. Repita por cinco vezes.
  • Quando a vítima apresenta-se inconsciente, chame rapidamente o serviço médico de urgência.

Vítima com menos de um ano:

  • Deite a criança no seu antebraço - a cabeça da criança deve ficar mais baixa que o corpo
  • Efetue cinco compressões entre as escápulas - osso localizado na parte superior das costas
  • Vire a criança de costas em seu braço e faça cinco compressões, dessa vez sobre o esterno - osso que divide o peito ao meio, na altura dos mamilos
  • Tente visualizar o corpo estranho e retirá-lo cuidadosamente

Quando a criança apresenta-se inconsciente:

  • Deite-a de costas em seu braço e libere as vias aéreas (boca e nariz)
  • Verifique se ela respira. Se não, efetue duas respirações boca-a-boca
  • Observe a expansão torácica, se ela estiver sem movimento, repita a liberação

Prestar os primeiros socorros pode ser de suma importância, pois esperar o socorro especializado chegar pode resultar em morte, no caso do engasgo!

domingo, 12 de abril de 2009

QUANDO O SEXO FAZ MAL

Por Por Rocío Gaia/ Agência EFE

Nem sempre o sexo gera prazer, relaxamento e bem-estar. Muitas pessoas têm dor de cabeça antes, durante ou depois das relações sexuais, e há casos em que pode promover um quadro depressivo.

Assim como alguns remédios de eficácia e benefícios comprovados para o corpo ou a mente de quem os toma, o orgasmo e o ato do amor também podem causar alguns "efeitos colaterais" desagradáveis ou incômodos, e, às vezes, prejudiciais. Quase 1% da população costuma ter ao longo do ano, e pelo menos em alguma ocasião, uma dor de cabeça tanto antes, durante ou depois de manter relações sexuais.


A Sociedade Brasileira de Cefaléia (SBCe) indica em seu site que, segundo a classificação internacional de cefaléias, a atividade sexual é um dos fatores que podem desencadear dores de cabeça, dentro de um grupo de causas da dor que ainda são pouco compreendidas e, por isso, requerem exames cuidadosos.

A cefaléia associada ao sexo geralmente começa com uma dor nos dois lados da cabeça enquanto a excitação sexual aumenta, e o incômodo fica cada vez mais intenso até o momento do orgasmo, segundo informações do SBCe. A dor pode ocorrer tanto antes quanto apenas depois do clímax sexual.

O paciente desse tipo de cefaléia – assim como de outras cuja dor é intensa – costuma recorrer primeiro a um serviço médico de emergência, mas a SBCe recomenda uma investigação completa e detalhada do quadro de dor, com exames apropriados e consulta com um médico especialista em dores de cabeça.

Este problema pode ser aliviado ou reduzido com algumas mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios físicos regularmente, perdendo peso e deixando o álcool e o fumo. Também existem remédios que ajudam a melhorar a situação, se a pessoa não se beneficiar destas medidas.

A dor da cefaléia sexual benigna costuma durar de um minuto a três horas desde seu início e vai aumentando – paradoxalmente – à medida que aumenta o prazer.

Tristeza do amor

De acordo com uma pesquisa espanhola, 45% das pessoas com dor de cabeça consideram que sua vida sexual é regular ou ruim, mas 13% afirmam que a cefaléia desaparece quando mantêm relações sexuais.

Em algumas pessoas, principalmente jovens, o sexo pode até desencadear uma depressão passageira, porque, durante o clímax, parece haver uma redução de atividade em uma região cerebral relacionada ao medo.

O psiquiatra americano Richard A. Friedman, especialista em depressão e transtorno bipolar, descreveu vários casos deste tipo, que costumam aparecer com certa frequência nas consultas de alguns psiquiatras e psicólogos ou sexólogos.

O especialista menciona os casos de pessoas em torno de 20 ou 30 anos que, após manter relações sexuais, sentem-se deprimidas durante um dia, experimentam um período de entre quatro e seis horas de depressão intensa e irritabilidade após o orgasmo ou que sentem uma depressão intensa durante várias horas após o sexo. Segundo Friedman, não é raro experimentar um pouco de tristeza depois do prazer sexual, embora os pacientes mencionados "sentiam um intenso mal-estar que durava tempo demais".

O psiquiatra encontrou uma possível relação entre a depressão pós-sexo e a química cerebral. Friedman lembra que, em 2005, o doutor Gert Holstege, da Universidade de Groningen (Holanda), utilizou uma técnica de diagnóstico por imagem denominada "tomografia por emissão de posítrones" para verificar o cérebro de homens e mulheres durante o orgasmo. Com isso, descobriu uma diminuição na atividade da amídala cerebral, a parte do cérebro que intervém no processamento dos estímulos que causam medo na pessoa.

Destaques

- A Sociedade Brasileira de Cefaléia (SBCe) indica que a atividade sexual é um dos fatores que podem desencadear dores de cabeça.

- Cerca de 45% das pessoas com dor de cabeça consideram que sua vida sexual é regular ou ruim, mas 13% afirmam que a cefaléia desaparece quando mantêm relações sexuais.

- Em algumas pessoas, principalmente jovens, o sexo pode até desencadear uma depressão passageira, porque, durante o clímax, parece haver uma redução de atividade em uma região cerebral relacionada ao medo.